Pedro Carvalho Advogado Trabalhista

Posso Reverter uma Demissão por Justa Causa? Entenda Seus Direitos

Introdução: Quando a empresa acusa injustamente o trabalhador

Ser demitido por justa causa é uma das situações mais duras e traumáticas na vida profissional de qualquer trabalhador. Além de perder o emprego de forma imediata, o profissional carrega uma marca negativa que pode dificultar novas oportunidades.

No entanto, é importante destacar que nem toda justa causa é válida. Em muitos casos, a empresa exagera na punição ou não apresenta provas concretas.
Assim, é totalmente possível questionar e reverter a demissão na Justiça do Trabalho.

Por conseguinte, se você acredita que foi acusado injustamente, continue lendo. A seguir, você vai entender quando é possível reverter a justa causa, como funciona o processo judicial e quais são os seus direitos.

O que é demissão por justa causa (e por que é tão grave)

A demissão por justa causa ocorre quando o empregador alega que o empregado cometeu uma falta grave, conforme o artigo 482 da CLT.
Entre as hipóteses mais comuns estão atos de desonestidade, indisciplina, insubordinação, abandono de emprego, embriaguez habitual e violação das regras internas.

Entretanto, esse tipo de demissão é considerado a pena máxima da relação de trabalho. Por isso, ela deve ser aplicada com extrema cautela.
Caso contrário, o trabalhador pode sofrer injustamente uma punição que retira quase todos os seus direitos, como:

  • Aviso prévio;

  • 13º salário proporcional;

  • Férias proporcionais acrescidas de 1/3;

  • Multa de 40% do FGTS;

  • Direito ao saque do FGTS e ao seguro-desemprego.

Além disso, a empresa precisa comprovar os fatos com provas robustas.
Do contrário, a demissão pode ser revertida judicialmente, restabelecendo todos os direitos do empregado.

Quando é possível reverter a demissão por justa causa

De modo geral, a reversão é possível sempre que a empresa age de forma precipitada, injusta ou desproporcional.

A seguir, conheça as situações mais comuns em que o trabalhador consegue reverter a demissão:

1. Falta de provas concretas

Quando o empregador não apresenta provas convincentes, a Justiça entende que a punição é inválida.

Portanto, se a empresa não tiver documentos, testemunhas ou registros adequados, a justa causa pode ser anulada.

2. Punição desproporcional

Além disso, se o erro cometido for leve e a empresa aplicar a penalidade mais severa possível, há abuso evidente.

Dessa forma, o juiz pode converter a justa causa em demissão sem justa causa, garantindo todos os direitos ao trabalhador.

Ausência de advertência ou suspensão prévia

Por outro lado, é comum que o empregador nunca tenha aplicado advertências anteriores.

Nessas situações, a Justiça entende que a demissão direta é exagerada e precipitada, pois a justa causa deve ser a última medida.

4. Retaliação, perseguição ou assédio moral

Em alguns casos, a demissão é uma forma de retaliação disfarçada, especialmente quando o trabalhador faz reclamações internas ou denuncia irregularidades.

Consequentemente, se houver indícios de assédio ou perseguição, a reversão é quase certa.

5. Motivo não previsto em lei

Por fim, se o motivo alegado não estiver entre as hipóteses legais da CLT, a demissão é nula e abusiva.
Assim, o juiz declara a justa causa inválida e restabelece todos os direitos do trabalhador.

O que acontece quando a justa causa é revertida

Quando a Justiça reconhece que a empresa errou, a demissão é convertida em dispensa sem justa causa.

Consequentemente, o trabalhador recupera tudo o que havia perdido, inclusive os valores que deixaram de ser pagos.

Veja o que você volta a receber:

✅ Aviso prévio indenizado;
✅ Férias proporcionais + 1/3;
✅ 13º salário proporcional;
✅ Saque do FGTS + multa de 40%;
✅ Direito ao seguro-desemprego;
✅ Indenização por danos morais, se houver abuso.

Além disso, a empresa deve corrigir a carteira de trabalho, removendo qualquer referência à justa causa.

Dessa forma, o empregado volta a ter o histórico limpo e sem prejuízos à reputação profissional.

Como funciona a ação de reversão da justa causa

Para reverter a demissão, é necessário entrar com uma ação trabalhista com o apoio de um advogado especializado.

Esse profissional será responsável por reunir provas, elaborar a petição inicial e conduzir o processo.

De maneira geral, o procedimento inclui:

  1. Análise dos documentos da demissão;

  2. Coleta de provas que comprovem o abuso ou erro da empresa;

  3. Ajuizamento da ação pedindo a reversão da justa causa;

  4. Solicitação do pagamento das verbas rescisórias e, se for o caso, indenização por danos morais.

Além disso, é essencial respeitar o prazo de até dois anos após a demissão para ingressar com a ação.

Depois desse período, o trabalhador perde o direito de reclamar judicialmente.

Portanto, quanto mais rápido procurar orientação, maiores as chances de sucesso.

Provas que fortalecem o pedido de reversão

As provas são fundamentais para convencer o juiz.
Quanto mais evidências o trabalhador apresentar, maiores serão as chances de vitória.

Entre as principais provas estão:

  • Prints de conversas com supervisores;

  • E-mails corporativos e relatórios;

  • Depoimentos de colegas de trabalho;

  • Advertências incoerentes ou sem explicação;

  • Vídeos, áudios e registros do ambiente laboral.

Além disso, é importante guardar tudo desde o início do conflito.

Afinal, essas provas podem demonstrar abuso de poder, perseguição ou ausência de motivo real.

Cuidado com o que você assina na rescisão

Muitos trabalhadores, por medo ou desespero, acabam assinando documentos sem ler.

Entretanto, é essencial compreender que nenhum papel pode anular seus direitos legais.

Se você foi pressionado, ameaçado ou induzido ao erro, o documento pode ser anulado.

Por isso, antes de assinar qualquer termo, consulte um advogado trabalhista de confiança.

Além disso, nunca aceite declarações prontas ou confissões sem análise prévia.
Assim, você evita cair em armadilhas que beneficiam apenas a empresa.

Justa causa indevida é mais comum do que parece

Infelizmente, diversas empresas aplicam justa causa para não pagar as verbas rescisórias.

Contudo, os tribunais trabalhistas têm sido firmes em punir essas práticas abusivas.

Além disso, os juízes têm reconhecido que a dignidade do trabalhador é um valor constitucional, e, portanto, deve ser protegida a todo custo.

Em resumo, se a empresa agiu sem provas ou de forma desrespeitosa, a reversão é plenamente possível.

Quando procurar um advogado trabalhista

Se você foi demitido e acredita que a decisão foi injusta, procure um advogado trabalhista em Contagem o quanto antes.

Afinal, o tempo é um fator decisivo para o sucesso da ação.

Um profissional especializado poderá:

  • Avaliar as provas disponíveis;

  • Calcular o valor das verbas devidas;

  • Montar uma estratégia personalizada;

  • Acompanhar o processo até a sentença final.

Além disso, o advogado poderá identificar outros direitos violados e incluir todos no mesmo processo.

Assim, você garante uma reparação completa.

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Conclusão: Não aceite uma acusação injusta!

Ser acusado injustamente é doloroso, mas a Justiça do Trabalho existe exatamente para corrigir erros e abusos.

Portanto, não aceite calado uma demissão por justa causa que você considera indevida.

Procure ajuda o quanto antes. Um advogado trabalhista experiente poderá analisar seu caso com atenção, reunir provas e lutar para reverter a decisão da empresa.

Dessa forma, você pode limpar seu nome, recuperar seus direitos e retomar sua dignidade profissional.

Fale agora com um advogado trabalhista em Contagem e descubra se é possível reverter sua justa causa e receber tudo o que é seu por direito!

 

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