Pedro Carvalho Advogado Trabalhista

Estabilidade da Gestante: Conheça seus Direitos

Você está grávida ou conhece alguém que está? Então, é hora de entender um dos direitos mais importantes para quem vive esse momento especial: a estabilidade da gestante no emprego. Afinal, ninguém merece passar por insegurança profissional enquanto gera uma vida, concorda?

Neste guia, você vai descobrir como funciona a estabilidade, quando começa e termina, como garantir esse direito, o que fazer em caso de demissão, discriminação e muito mais. Prepare-se para se sentir informada, segura e empoderada!

Sumário do Artigo

  1. O que é estabilidade da gestante

  2. Quando começa e termina a estabilidade

  3. Estabilidade vale para todos os tipos de contrato?

  4. Direitos além da estabilidade

  5. Demissão por justa causa na gravidez: pode?

  6. Demissão sem justa causa durante a gravidez

  7. Como comprovar a gravidez

  8. Gravidez descoberta após a demissão

  9. Estabilidade após o parto e complicações de saúde

  10. Discriminação por causa da gravidez: o que fazer?

  11. Estabilidade na adoção ou guarda judicial

  12. Casos em que a empresa pode se recusar a reintegrar

  13. O papel do advogado no processo da gestante

  14. Como agir com consciência e estratégia

  15. Dicas práticas para garantir seus direitos

  16. Conclusão

  17. FAQs

Quando começa e termina a estabilidade

  • Início: a partir do momento em que a mulher engravida — mesmo que ainda não tenha informado a empresa.

  • Término: cinco meses após o parto.

💡 E sim, esse período inclui a licença-maternidade de 120 dias. Ou seja, após o fim da licença, você ainda tem mais um mês e meio de estabilidade.


📋 Estabilidade vale para todos os tipos de contrato?

Sim, vale! E isso é muito importante.

A estabilidade se aplica a:

  • Contrato por tempo indeterminado (CLT)

  • Contrato de experiência

  • Temporários

  • Aprendizes

  • Trabalhadoras terceirizadas

  • Intermitentes

Inclusive, o STF já decidiu que o tipo de contrato não tira o direito da gestante à estabilidade.


🎁 Direitos além da estabilidade

A gestante tem direito a muito mais do que não ser demitida. Veja só:

  • Licença-maternidade de 120 dias (podendo chegar a 180 dias)

  • Afastamento de atividades insalubres

  • Intervalos para amamentação

  • Assistência médica pré-natal

  • Manutenção de benefícios durante a licença

  • Estabilidade em caso de aborto não criminoso

Esses direitos existem para garantir que você cuide da sua saúde e do bebê com dignidade.


⚖️ Demissão por justa causa na gravidez: pode?

Infelizmente, pode. Mas calma: isso só acontece em situações graves, como:

  • Roubo ou desonestidade

  • Agressões físicas

  • Ato de indisciplina ou insubordinação

  • Abandono de emprego

👉 E atenção: a empresa precisa comprovar a justa causa com provas sólidas. Caso contrário, a demissão será considerada ilegal.


Demissão sem justa causa durante a gravidez

Se a empresa te demitir sem justa causa enquanto você está grávida, ela será obrigada a:

  • Te reintegrar ao emprego
    ou

  • Pagar indenização correspondente ao período da estabilidade

Essa indenização inclui:

  • Salários

  • 13º

  • Férias + 1/3

  • FGTS

  • Multa de 40% sobre o FGTS

Além disso, a empresa pode ser condenada por danos morais.


🧾 Como comprovar a gravidez

A maneira mais eficaz é:

  • Atestado médico com:

    • Nome completo

    • Data da última menstruação

    • Previsão de parto (DPP)

    • Assinatura e carimbo do profissional

Complementos válidos:

  • Exames de sangue

  • Ultrassonografias

  • Beta HCG

Sempre protocole ou envie por e-mail com confirmação de recebimento.


🕐 Gravidez descoberta após a demissão

Sim, você continua tendo direito à estabilidade. Mesmo se você descobrir a gravidez dias ou semanas após ter sido desligada.

Basta comprovar que já estava grávida na data da demissão.

O que fazer:

  1. Informe a empresa imediatamente

  2. Envie exames e atestados

  3. Solicite reintegração ou prepare ação trabalhista


🏥 Estabilidade após o parto e complicações de saúde

Se houver problemas de saúde após o parto, a trabalhadora pode:

  • Usufruir da estabilidade por cinco meses

  • Estender o afastamento com auxílio-doença (INSS)

🔎 Importante: mesmo recebendo auxílio-doença, a estabilidade não é anulada.


🚫 Discriminação por causa da gravidez: o que fazer?

A gestante que sofre assédio moral, rebaixamento, retirada de funções ou qualquer outro tipo de constrangimento, pode e deve:

  • Documentar tudo (print, e-mail, testemunhas)

  • Registrar reclamação no RH e no sindicato

  • Procurar o MPT (Ministério Público do Trabalho)

  • Buscar um advogado trabalhista

A empresa pode ser condenada por discriminação e danos morais.


👶 Estabilidade na adoção ou guarda judicial

A proteção também vale para:

  • Mães que adotam crianças

  • Mulheres com guarda judicial para fins de adoção

O prazo de cinco meses começa a contar da decisão judicial de guarda ou adoção. Ou seja, a maternidade não depende da gestação biológica para ser reconhecida pela lei.


🧾 Casos em que a empresa pode se recusar a reintegrar

A empresa pode tentar negar a reintegração, mas só será válida se:

  • Comprovar justa causa real

  • Houver término de contrato por prazo certo e justo (muito raro)

Na maioria das vezes, a Justiça manda reintegrar ou pagar indenização.


👩‍⚖️ O papel do advogado no processo da gestante

Um advogado trabalhista pode:

  • Redigir a notificação de gravidez para a empresa

  • Avaliar a legalidade da demissão

  • Requerer reintegração ou indenização

  • Propor ação judicial por assédio ou discriminação

  • Ajudar na coleta e organização das provas

Portanto, não hesite em buscar orientação profissional.


🧘‍♀️ Como agir com consciência e estratégia

Durante a gravidez, mantenha a calma e siga estes passos:

  1. Comunique sua gestação o quanto antes

  2. Reúna todos os exames e atestados

  3. Evite faltar ao trabalho sem justificativa

  4. Se notar atitudes diferentes, registre tudo

  5. Confie, mas documente sempre

Prevenir é sempre melhor do que remediar, principalmente no campo trabalhista.


📝 Dicas práticas para garantir seus direitos

  • 🟢 Avise a empresa com documentos em mãos

  • 🟢 Protocole tudo que for importante

  • 🟢 Peça recibo de tudo que entregar

  • 🟢 Guarde cópias dos contracheques e e-mails

  • 🟢 Converse com colegas que podem ser testemunhas

  • 🟢 Informe-se: conhecimento é poder!


Conclusão

A estabilidade da gestante é um direito essencial para proteger a mulher, o bebê e o ambiente de trabalho saudável. Além disso, esse direito representa mais do que segurança: ele representa respeito e valorização da maternidade.

Portanto, se você está grávida, não tenha medo de exigir o que é seu por lei. Informe-se, comunique-se com responsabilidade e busque apoio jurídico sempre que necessário. Você tem direito a viver esse momento com dignidade, segurança e tranquilidade.


FAQs

1. Posso ser demitida se ainda não contei à empresa que estou grávida?

Sim, mas você tem direito à reintegração ou indenização se comprovar que estava grávida no momento da demissão.

2. Licença-maternidade e estabilidade são a mesma coisa?

Não. A licença é o período de afastamento remunerado, enquanto a estabilidade protege contra demissão.

3. E se a gravidez for de risco?

Você pode solicitar afastamento remunerado por atestado ou auxílio-doença pelo INSS.

4. A estabilidade vale para empregada doméstica?

Sim! A legislação protege todas as trabalhadoras com carteira assinada.

5. Posso sair do trabalho por vontade própria durante a estabilidade?

Sim, mas você abre mão dos direitos, inclusive da indenização.

 

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